A visibilidade geral é muito boa, devido à frente em cunha e aos vidros laterais baixos. Durante a noite, em estradas, veículos estreitos, muito próximos, como Unos, 147s e Gols, sumiam escondidos pelo estepe alto em posição central, exigindo um pouco mais de atenção por parte do motorista.
Naquela época foi a primeira vez que tive a oportunidade de guiar um veículo com espelhos elétricos no off- road. Procurando uma utilidade adicional para esse item de conforto, resolvi posicioná-los para baixo, permitindo excelente visão do solo ao lado do veículo. Essa regulagem facilitou manobras de ré, em trilhas muito fechadas e estreitas. Recomendo a quem tiver o acessório experimentar usá-lo assim. Dar ré e ver a trilha atrás de jipes, pick-ups e sport utilities é algo impossível. Ver o chão ao lado do carro acaba ajudando muito a manter o alinhamento. A luz de ré é completamente imprestável para manobras em estradas escuras. Item típico de quase todos os veículos off-road. Para um uso sério, ponha um farol traseiro decente.
Os faróis dianteiros são potentes, de fácil regulagem e cobertos por policarbonato, mais resistentes que modelos de vidro. Sua mancha luminosa é larga e bem marcada, bem afastada do veículo. Para tentar iluminar o espaço entre o veículo e a mancha dos faróis, foram colocados, de série, dois faróis auxiliares de facho largo. Estas excrescências amarelas foram dotadas de um suporte em "L" fixo, com plaqueta de segurança. Percebeu? São firmes, mas não são reguláveis. Com pneus com 20 libras para estradas de terra, eles iluminavam quase debaixo do pára-choque... A colocação de um suporte decente resolve o problema. Se alguém da indústria automobilística estiver lendo isso aqui, fique sabendo que os veículos off-road trafegam com as mais variadas pressões de pneus: de 10 libras na areia até 35 em pedras. Logo, sua altura do solo é diferente nas diversas situações e o mais óbvio seria o uso de faróis com regulagem interna de altura como há em diversos veículos de rua que praticamente não precisam disso...
O Sportage que recebemos veio com o suporte esquerdo quebrado, motivo pelo qual, em várias fotos, o farol não estava no local. Preferimos retirá-lo, pois ele pulava muito, preso apenas pela plaquinha de segurança que cumpriu sua função de não deixar o farol cair. Provavelmente alguém tentou "regular" o farol e forçou o suporte, quebrando-o. O outro farol ficou firme durante todo o teste. Os cabos de ligação desses faróis têm um enorme plug travado que jamais vai soltar sozinho. A legislação brasileira permite que apenas faróis de neblina tenham lentes ou lâmpadas amarelas. As lanternas traseiras têm boa visibilidade e a buzina ficaria melhor numa Romiseta...