Teste Exclusivo Toyota 4Runner 4 cil gasolina
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Algumas Boas Soluções 
TrilhaQuando o SUV é ligado pela manhã, o computador se encarrega do afogador. A rotação sobe para uns 1.250 rpm e vem abaixando à medida que a temperatura sobe. É possível ligar e sair, sem esperar. A saída de ar faz parte da guarnição de borracha dos vidros laterais traseiros e é uma das melhores soluções já vistas para esse problema. A pintura metálica é muito resistente. Após uma trilha estreita, o carro ficou completamente arranhado. Bastou uma cerinha e tudo ficou novo. A suspensão não faz ruído algum e o painel de plástico não se manifesta nem nas piores estradas. Não há folgas por desgaste ou montagem. O estado geral do carro, para mais de 40.000 km, era perfeito. 

Aliás, esse SUV não pode receber a qualificação de perfeito, por apenas 5 cm. Exatamente o que falta na altura da parte de trás dos assentos dianteiros, para permitir que os passageiros traseiros coloquem os pés sob os bancos dianteiros. Não cabe nem a ponta do sapato! Curiosamente, nas Hilux cabine dupla, esse problema não existe. 

A maior parte dos parafusos e porcas é para chave 10. Logo, tenha sempre duas no carro. Para quem gosta, os parafusos da tampa do cabeçote são cromados... O cabo do acelerador tem sua parte metálica interna plastificada, reduzindo o desgaste e facilitando o deslizamento. O acesso ao motor é fácil e tudo está à mão. 

Um aspecto de destaque é a grande estabilidade em todos os pisos e velocidades. A direção é rápida e é preciso desfazer as curvas, senão a SW4 continua na trajetória. Para obter essa facilidade de curvas com duas toneladas de peso, alguma coisa tinha que ser sacrificada. Sobrou para os pneus. A cambagem dianteira é positiva, rodas inclinadas para dentro, conseqüentemente com convergência, o que é ótimo para velocidade nas curvas, mas trágico para os pneus. Deve-se esperar um desgaste rápido da borda externa dos dianteiros, principalmente com pneus macios, com mais grip. O rodízio frente/trás deve ser feito com muita freqüência, para minimizar ou, pelo menos, equalizar o desgaste. A cambagem traseira é neutra. Estas dianteiras com elevadas cambagens positivas são características de todos os SUVs atuais. O Pajero, por exemplo, é positivo nas quatro rodas, inviabilizando o rodízio. 
 

CARRO DE MERGULHO 

Motor  

No caminho para Ibitipoca, encontramos um riozinho com ponte, pedindo para ser atravessado. Lá fomos nós, deixando a ponte de lado. O dito tinha um fundo degrau central e a margem oposta era íngreme, cheia de vegetação e molhada. Tentamos passar algumas vezes, com a força da primeira reduzida e nada. As rodas patinavam na margem e o cano de descarga ficava lá no fundo. Lembre-se de que não era diesel. O jeito era jogar a Toyota na água e usar o impulso para galgar a margem. Fotógrafo a postos, pé na lata e... Uau! Como subiu água. Mas todo fotógrafo é chato quando se trata de fotos de ação. Vamos tentar mais uma, disse ele... Mais uma. E mais outra. E, por fim, (lei de Murphy) só mais uma... No meio da outra margem, com o cano de descarga ligeiramente acima da linha d'água, o motor apagou.  

Abrimos o capô. Lembre-se: era a gasolina... Distribuidor, cabos e bobinas, com excelente vedação e meros respingos. Um olhou para o outro: "entrou água pelo filtro de ar" foi o pensamento em conjunto! Retirada a tampa, o elemento de papel saiu pingando...  

O fundo da caixa tinha 1 cm de água. Sem outro jeito, sem carro de apoio, sacudimos o filtro, recolocamos no lugar e viramos a chave. Nhec, nhec, nhec, nada! Nhec, nhec, nhec, nada! Nhec, nhec, nhec, nada! Nhec, nhec, nhec, pegou! Pegou!!! Que coisa, hein? O computador da injeção ou é muito bem programado ou os sensores estavam desregulados. O fato é que o motor ficou oscilando sozinho, por uns dois minutos, entre 750 e 1.500 rpm, como se alguém bombeasse o acelerador. Depois estabilizou em 750. Primeira reduzida, pé calminho no acelerador e embreagem, a SW4 subiu o barranco. Continuamos o teste devidamente impressionados e aliviados. A fumaceira branca que saía pelo escapamento, enquanto toda a água era consumida pelo motor, era uma gracinha.  

Ao longo do teste, andamos em estradas de terra, tendo encontrado um pouco de lama e areia. Em momento algum, a SW4 teve problemas, e agradou pelo conforto e pela velocidade que conseguia manter em trechos realmente ruins. Um pessoal acostumado com jipes deu uma boa definição para esse veículo: "Ele descaracteriza o fora-de-estrada." Fazer trilhas com tudo hidráulico, ar-condicionado, bancos confortáveis, motor confiável e suspensões altas e eficientes coloca o motorista num patamar bem diferente dos jipes queixo-duro. 

  
Velocidades Máximas (km/h)
4.800 rpm Normal Reduzida
Primeira 39,5 14,8
Segunda 71,2 27,7
Terceira 110,4 42,2
Quarta 146,7 59,0
Quinta 141,2 71,0
3.750 rpm em quinta 

 

Velocidades Mínimas (km/h)
700 rpm Normal Reduzida
Primeira 5,9 2,3
Segunda 11,4 3,9
Terceira 21,5 6,3
Quarta ----- 9,3
Quinta ----- 12,0

 

Velocidade em Torque Máximo
2.800 rpm Normal Reduzida
Primeira 23,2 9,1
Segunda 42,7 16,7
Terceira 65,0 25,5
Quarta 92,1 35,2
Quinta 107,4 42,2

 

Aceleração
  Tempo (s)
0 > 40 km/h (1) 3,5
0 > 60 km/h (1,2) 7,5
0 > 80 km/h (1,2,3) 12,4
0 > 100 km/h (1,2,3) 18,2

 

Retomada
  Tempo (s)
40 > 60 km/h (2) 3,9
60 > 80 km/h (3) 7,1
60 > 100 km/h (3) 11,8
60 > 100 km/h (4) 19,6
80 > 100 km/h (4) 10,9
80 > 100 km/h (5) 13,2

 

Consumo
Urbano Pesado 8,3 km/l (4x2)
Estrada Asfaltada 13,1 km/l (4x2)
Estrada de Terra 12,7 km/l (4x4)
Trilha 8,5 km/l (4x4)
Diâmetro de Giro

12,4 metros - 3,6 voltas

Toyota 4Runner

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