Ford Escape Híbrido
Texto de José Roitberg

O belo SUV pequeno da Ford vai ganhando a modernidade de um futuro próximo que não reserva lugar para os combustíveis fósseis. Se você é dos que acredita que a invasão do Iraque foi apenas para controlar suas reservas de petróleo, faça algumas contas. Ao ritmo atual, as reservas norte-americanas iam durar uns 20 anos. Junte com o que agora está sendo controlado e temos uns 50 anos. Mas some o aumento da frota mundial e diminua o consumo melhor dos carros e as novas tecnologias híbridas e quem sabe temos mais uns 100 anos de petróleo. Note que as estimativas de década de 60 é de que já estaríamos sem petróleo nos dias de hoje...

A crise previsível futura levou à novas técnicas de prospecção, à exploração das plataformas continentais, às novas tecnologias renováveis, elétricas e híbridas e até mesmo à novas teorias de que como o petróleo não parece estar acabando ele seria um recurso renovável. A minha e a sua preocupação em relação ao ouro mouro negro não deve ser voltada para a gasolina de nossos carros, pois já sabemos que a combustão pode ser feita de forma simples e relativamente barata com diversos óleos e álcoois vegetais e também com o bobo hidrogênio. Mas não se consegue fazer plásticos e outros polímeros sem o petróleo. Quanto menos os motores gastarem, mais reservas serão mantidas para usos mais nobres.

Dentro desse cenário e visando as normas de controles de emissões vigentes agora e nos próximos anos na Califórnia, um dos maiores mercados consumidores de carros nos Estados Unidos, quem não rebolar vai ficar de fora. O Escape Híbrido já entra em produção para uma frota limitada ainda neste ano e será vendido ao consumidor de forma normal em 2004. O mesmo conjunto híbrido será usado no sedan Ford Futura em 2006.

O sistema adotado é um full-hybrid, com motor a gasolina e bateria de hidreto metálico de níquel com 300 volts no assoalho da área de carga. O Escape pode rodar com gasolina, com eletricidade ou combinando-os. Em ciclo urbano o consumo de gasolina fica perto dos 17 km/l. Ao acelerar, o motor elétrico atua junto com o pequeno 2.3 litros a gasolina e o desempenho do carro fica semelhante ao do Escape com motor V6 de 201 cv.

Esse conjunto é para valer e a opção de tração 4x4 foi mantida. A parte elétrica fica por conta de um gerador de 28 kW e de um motor de 65 kW. O conjunto foi desenvolvido em parceria com a Volvo e Aisin AW, então deveremos ter algum Volvo híbrido para o mercado europeu. Em marcha lenta o motor a gasolina desliga automaticamente e ao frear, a energia térmica dissipada é utilizada para a próxima aceleração. Neste ciclo, estima-se que na cidade o motor a gasolina funcionará apenas em 40% do tempo. O preço do veículo e a durabilidade da bateria ainda não foram divulgados.

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