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Olhe bem e me diga se o Lincoln Navicross não é parente próximo de Cristine O Carro Assassino? A marca, pertencente a Ford, está apresentando veículos radicais, um atrás do outro. Esse aqui é um crossover mais sedan que off-road, não abrindo mão de um sistema de tração 4x4 permanente com controle de tração adaptativo, seja lá o que isso for. Ninguém em sã consciência pretende que se vá fazer trilhas com o Navicross, mas que ele vai ser tranqüilão na neve e em estradas de terra, isso vai. Seus bons ângulos de ataque e saída – para um sedan – garantem a superação de obstáculos comuns. Cheio de cromados – os frisos estão voltando – o projeto incorpora faróis de neblina, pequenos e embutidos, além de belas setas nos espelhos – tendência que também se consolida para desespero do consumidor quando tiver um espelho quebrado. A traseira, super clássica com um toque futurista, abriga luzes de ré em design exatamente igual aos faróis de neblina dianteiros, um ponto a mais para o projetista. Por outro lado, o porta-malas não possui coberutra: 5 pontos a menos para o projetista. Ainda assim, usa o teto com duas tiras largas de vidro, como no conceito Mazda Washu (também Ford). As portas sem maçanetas têm abertura elétrica, provavelmente com aura-digital (apenas um cartão eletrônico no bolso do motorista). O interior em couro branco e vermelho tem o luxo que a divisão Lincoln sabe promover como quase nenhuma outra. Os bancos seguem a tendência de expulsar o quinto passageiro, com o uso de quatro bancos individuais. O painel, principalmente o grande módulo do lado direito, já não usa mais tela de cristal líquido, tendo sido produzido com a próxima geração de diodos led orgânicos – seja lá o que isso for também... As portas de abertura central são coisa antiga nos Lincolns, abandonadas durantes algumas décadas por serem apelidadas de “portas do suicida” mas que voltam com força total, em todas as marcas, devido a novos processos de desenho e fabricação de carrocerias estruturais, portas e batentes seguros principalmente nas colisões laterais, levando para o lixo as colunas B. Motor não vai faltar, com o uso de um V8 todo em alumínio com 4.2 litros e supercharger, que deve beirar os 400 cv. A transmissão é auto-5 adaptativa com sensores de piso e condições de dirigir, com tiptronic e os pneus 255/50 R20 Continental têm características para qualquer piso. A suspensão é a ar, também adaptativa e auto-nivelante. Os freios para segurar esse bichão são Brembo a disco ventilado nas quatro rodas com quatro pistões, com ABS, EBD e até mesmo HDC – Controle de Velocidade em Descidas Íngremes – clássico do Land Rover Freelander e Discovery (também da Ford). São 4,8 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,50 m de altura e entre-eixos de 2,90 m (114 pol). |
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