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Depois de surpresas como o Multipla e Dobló a Fiat decidiu ser menos chocante e mais convencional apresentando dois modelos, os projetos 169 e 350, para um novo supermini e uma minivan compacta. Ambos contarão com o mesmo novo motor 1.3 Multijet, que vai equipar também a Lancia Y.
O 169 é um citycar de 4 portas com aspirações para viagens curtas com quatro passageiros. Seu design em dois volumes é muito diferenciado. Mesmo com o teto reto, as janelas são curvas dando a impressão de que o teto é curvo. As enormes lanternas traseiras em coluna são herdadas do Dobló. Mas se houvesse um escudinho VW no meio da grade do radiador ninguém ia estranhar já que o carro é consistente com o Stilo.
O interior também é muito parecido com o do Dobló com o mesmo tipo de saídas de ar-condicionado e posição da alavanca de câmbio, bastante corretas.
Já a minivan 350 é um produto bem diferente. Estreita e alta, é praticamente um monovolume com grandes portas e grande área envidraçada, numa agradável linha lateral ascendente. O “eixo” traseiro está tão para trás que metade da caixa de pára-lamas faz parte do pára-choque. As lanternas traseiras verticais são bem menores que as do 169 e o conjunto ótico dianteiro pende para o lado do Dobló. Como no Citröen Picasso, o pára-brisa é muito projetado para frente obrigando um “quebra-vento” fixo na coluna A para não haver muita perda de visibilidade.
O interior do 350 é outro assunto. Parece 20 anos à frente dos outros apresentados pela Fiat. O maior destaque é o conjunto de mostradores de ponteiros no centro. Logo abaixo, o sistema digital de navegação, controle de som e ar-condicionado. Pela alavanca de câmbio, parece que a unidade será CVT, mas é preciso aguardar as especificações. O porta-luvas se tornou um porta-treco aberto, que certamente não vai agradar ao consumidor.
Algumas pessoas nos perguntaram qual é a finalidade do painel ao centro e se isso atrapalha. Quando você dá uma voltinha num carro com painel ao centro, ele parece um absurdo, um erro total de projeto. Mas quando você dirige um carro assim todo dia, acaba se acostumando. Saindo de trás do volante, estes podem ser melhor desenhados, com uma empunhadura mais adequada. O sistema também é importante para as empresas que vendem produtos em mercados com “mão inglesa” pois não é preciso alterar esta parte do carro.
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