Land Rover Blindado Brasileiro Aproveitando a mudança de perfil das exigências de combate militar com as patrulhas das missões de paz em áreas de conflito e do perfil policial urbano com criminosos cada vez mais covardes e bem armados a Inbra, tradicional blindadora de veículos, em parceria com a Land Rover do Brasil criou o VBL 4x4, com tecnologia nacional que poderá suprir uma lacuna nas forças armadas brasileiras sem dependência de fornecedores estrangeiros. O VBL usa a mecânica com tração permanente do Land Rover Defender nacional como motor 2.5 litros turbo diesel de 115 cv, e suas suspensões recalibradas, mas não usa o chassi e sim uma estrutura blindada capaz de resistir aos disparos de 5,56 mm e 7,62 mm perfurantes de blindagem. O assoalho do VBL – Veículo Blindado Leve é duplo, oferecendo proteção conta explosão de minas. Seu formato com laterais inclinadas, além de melhorar o desempenho da blindagem, evita com que seja lançado para o alto na explosão de uma mina.
A cabine do modelo militar possui três portas, sendo uma grande traseira além de escotilhas o teto com anéis para montar metralhadoras e lança mísseis, além de portinholas de tiro para os seis soldados que podem ir na parte detrás combaterem de dentro do carro. Existe refrigeração forçada, ar-condicionado e proteção QBC – Química Bacteriológica Nuclear. Esta cabine é tão bem projetada que se ganhou espaço, sendo mais ergonômica que a do Defender, oferecendo a possibilidade de reposicionamento dos bancos dianteiros. Sua área traseira é grande e também poderá haver uma versão ambulância blindada talvez para duas macas mais equipe ou quatro macas de transporte. O VBL possui alças para ser transportado por helicóptero e dimensões que permitem o transporte nos aviões C130. O peso em ordem de marcha, nesse protótipo ficou definido em 3.850 kg e o máximo pode ir aos 4.450 kg. O desempenho ficou com para um modelo blindado militar, chegando aos 110 km/h e indo de 0 a 100 em 20,3 segundos. Seu comprimento total é de 4.750 mm, com altura de 1.930 mm e largura de 1.916 mm. A nova carroceria ofereceu ângulos melhores com 42 graus para o ataque e 60 graus para saída, não com estes pára-choques da foto, que a empresa sabe estarem errados. O consumo urbano é de 5,9 km/l e em estrada chega aos 8 km/l, marcas muito boas para o segmento militar dando uma autonomia de 350 a 480 km.
O aumento de peso restringiu um pouco a mobilidade e a rampa máxima é de 37 graus enquanto a inclinação lateral máxima se reduziu para 32 graus. Para abrir a porta traseira e o capô do motor é usado ar-comprimido de um compressor mecânico interno, que também serve para calibrar os pneus que têm um calço interno que permite rodarem uns 50 km a 40 km/h mesmo sem ar.
Até o final do ano os modelos estarão sendo apresentados para o Exército e para as polícias militares. O modelo policial terá 4 portas para facilitar as operações e deverá custar em torno dos 55 mil dólares enquanto o militar, equipado, chegará aos 110 mil dólares, contra cerca de 300 mil dólares dos similares fabricados em outros países. A Inbra espera pedidos para 500 unidades para 2003 e a partir de 2004 pretende exportar entre 25 e 50% da produção. Num programa de 10 anos, espera fornecer 5.000 unidades para as forças armadas e policiais no Brasil.
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