Jeep Willys2 - 2003 Salão de Tóquio 2001 Vendo a foto você logo vai lembrar do começo do ano quando a DaimlerChrysler nos assombrou com o Willys2 sem capota. Agora, fechando o ano no Salão de Tóquio, aparece o modelo com capota. Também foi divulgado que o Willys2 chega ao mercado em 2003 e o que parecia ser um exercício de alucinação 4x4 vai para as estradas. Esse Jeep futurista ganhou o primeiro prêmio de Excelência de Desenho Industrial da Industrial Design Society of América. A manutenção da grade de 7 elementos e dos faróis redondos garante a identidade visual com o Jeep, mesmo que seja um veículo muito diferente. O modelo apresentado, que deve estar próximo ao de produção, mantém o chassi de alumínio e carroceria de fibra de carbono. Para os Jeeps de série ainda não se sabe se a carroceria será a de plástico colorido, dispensando pintura, que a Chrysler vinha testando faz alguns anos. A capota é removível, também com estrutura de alumínio. Por enquanto, a capota tem um rack integral onde fica colocado um estepe igual às outras 4 rodas, o que não faz muito sentido: se sair sem capota, sai sem estepe... A í você começa a pensar: será mais caro que um Wrangler? Vou conseguir comprar um treco desses? Qual será o "Vê-oitão" que vão espetar lá dentro? Ah! É um Jeep! E como o projeto é para um veículo off-road, deram uma maneirada no motor que será um 4 cilindros em linha a gasolina com apenas 1.6 litros (leu direito 1600 cc) com superalimentador (um blower como na Nissan Frontier) chegando a excelentes 160 cv e 21,5 kgfm de torque, o que são marcas parecidas com as de muitos motores de 3 ou 4 litros e 6 cilindros que andam por aí. O mais interessante é que esse motor 1.6 em algumas versões com potências diferentes já está sendo fabricado no Brasil desde o final do ano 2000 e equipa o renascido Mini Cooper, agora fabricado pela BMW. Mesmo com o alumínio e o plástico, o Willys2 pesará uns 1.350 kg em ordem de marcha. Será um 4x4 full-time com câmbio automático de 4 marchas e reduzida. Logo, não teremos nada de muito sofisticado no sistema. Segundo os primeiros testes, deve ir de 0 a 100 em 10 segundos e chegar aos 140 km/h, pouco mais que aquele número mágico dos jipes de 126 km/h, o que está bem adequado. Os pneus ainda não foram divulgados mas não serão estes das fotos, pois são apenas unidades conceituais para chamar atenção nos salões. Os que estão nas fotos são P235/65 R21 Goodyear em rodas de 21" x 7.5", e se o carro de série tiver esses pneus acabará sendo um estorvo pois uma troca de 4 pneus custará quase o preço de um carro popular usado e pouco rodado. A estabilidade deverá ser boa, com um entre-eixos de 95 polegadas, deixando bom espaço para os passageiros do banco traseiro, mas a grande incógnita, que seria a suspensão independente nas 4 rodas (apresentada no primeiro modelo) já foi para a lata de lixo e o veículo de produção terá uma tradicional suspensão independente na dianteira e eixo rígido multilink na traseira, com molas helicoidais e freios a disco nas 4 rodas, também nada de muito radical. O comprimento é de apenas 3.617 mm; largura de 1.791 mm e altura de 1.778 até o topo do rack, o que significa que ele é bem baixo, ficando coma capota na altura dos ombros de uma pessoa normal. A altura livre do solo, mantidos os pneus aro 21 de perfil baixo, é excelente com 309 mm o que vai deixar as trilhas menos complicadas e arriscadas: as erosões vão todas diminuir de profundidade... Mas resta uma última pergunta? Como todos os 4x4 estão sendo preparados para encara o asfalto com mais velocidade, estabilidade e conforto, será que ainda há nicho de mercado para um Jeep projetado para ser um puro sangue off-road? Só o tempo e a reação dos consumidores americanos dirá. |