
Ontem, no dia 30, apenas a produção foi encerrada na fábrica mexicana, com a saída pela linha de montagem da unidade 21.529.464 que não rodará e irá direto para o museu da fábrica em Wolfsburg na Alemanha.
Às nove e cinco da manhã, foi concluído o último carro de uma história com quase 68 anos de produção ininterrupta de uma mesma plataforma apenas com pequenas modificações estéticas e atualizações mecânicas. Não como se vê hoje, quando o nome dos modelos é mantido em plataformas completamente novas apenas para aumentar os números finais de produção daquele “nome”. A última série teve apenas 3.000 unidades montadas com um visual retrô e motor 1.6 a gasolina refrigerado a ar com injeção e catalisador.
Mas não se preocupe: pelos próximos 30 ou 40 anos ainda veremos fusquinhas andando por aí não só nas mãos de colecionadores, mas no uso diário. Quem sabe outro Itamar decreta a volta do Fusca. Um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar...
Na imagem, o pôster original de lançamento do KDF Wagen em 1938, onde a população alemã foi instigada a pagar prestações, comprovadas pelos selos na cartela, antes mesmo do carro estar sendo produzido. Ao completar a cartela, o cidadão deveria receber seu Fusca, mas com a guerra, centenas de milhares de pessoas não receberam nada. Na verdade, o governo nazista o usou os “selos do Fusca” como captação de bônus de guerra para usar o dinheiro em outras partes da máquina de guerra que iria assolar a Europa e exterminar minorias raciais nos anos seguintes.
