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COCA-COLA - 60 ANOS DE BRASIL
Nascida em Atlanta, Georgia, nos Estados Unidos, em 1886, pelas mãos do farmacêutico John Pemberton, a Coca-Cola chegou informalmente ao Brasil em 1941, por Pernambuco. A produção começou no Recife, na Fábrica de Água Mineral Santa Clara, mas logo se espalhou pela capital pernambucana, com mini-fábricas, nada mais do que kits contendo os equipamentos básicos. Simultaneamente, estendeu-se por toda a cidade de Natal, no Rio Grande do Norte. Tudo para matar a sede dos pracinhas americanos e brasileiros que circulavam pelo chamado "Corredor da Vitória", parada obrigatória dos navios para a África do Norte a Europa, na Segunda Guerra Mundial.

A primeira fábrica "de verdade" do país foi instalada na então capital brasileira, o Rio de Janeiro (até 1960), no bairro de São Cristóvão, o pólo industrial da cidade, na Rua Conde de Leopoldina. No dia 18 de abril de 1942 saíam da Rio de Janeiro Refrescos (nome da fábrica carioca) o primeiro lote de garrafinhas de Coca-Cola, na embalagem de 185 ml, única existente na ocasião. O concentrado e o gás vinham dos EUA e o xarope era feito no Rio. A fórmula era misturada num enorme tanque de 300 litros, com a ajuda de uma colher de pau feita de peroba do campo - madeira que não deixa gosto nem cheiro. As máquinas Dixies marcaram a tecnologia de vanguarda, engarrafando uma garrafa por vez a um ritmo de 30 por minuto. Logo as Dixies foram trocadas por modernas 100-40, produzidas pela Crown Cork. Depois vieram as Liquids, as Holsteins e as Krones.

Foi ainda na década de 1940 que a Coca-Cola implantou o sistema de franquias no Brasil. A primeira autorização para a fabricação do produto foi concedida à Industrial de Refrescos, do Rio Grande do Sul, seguida pela Spal Indústria Brasileira de Bebidas S/A, em São Paulo. E em 1945 era inaugurada a segunda fábrica no Rio, também em São Cristóvão, contando com uma máquina que enchia 150 garrafas por minuto e uma lavadeira de garrafas. Três anos depois, surgia outra fábrica, moderníssima para a época, na Avenida Suburbana (hoje Avenida Dom Hélder Câmara), também no Rio, com duas linhas de engarrafamento e uma máquina com capacidade de produção de 200 garrafas por minuto, a mais veloz do gênero no Brasil. Em 1950, a Coca-Cola já contava com 11 fábricas espalhadas pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais. Bahia e Rio Grande do Sul.

Apesar de todos os avanços tecnológicos, não foi fácil levar os consumidores a provar Coca-Cola, e mais difícil ainda, criar o hábito da bebida gelada, incomum naqueles tempos. Por ser novo, o produto oferecido em bares, botequins, cinemas, era freqüentemente recusado. Mas a propaganda e as eficazes técnicas de venda acabaram vitoriosas, fazendo com que, a cada dia, um número maior de consumidores se rendesse àquela bebida escura, mais gasosa e de sabor difícil de ser definido, apresentada numa embalagem única, peculiar por seu design de curvas sinuosas e apelidada de Mae West, nos Estados Unidos, numa referência à famosa atriz americana, símbolo sexual da época.

Em 1948, Coca-Cola fazia seu primeiro patrocínio, do programa "Um milhão de melodias", na Rádio Nacional. Inovador, o programa era comandado por um locutor exclusivo e um pintor renomado, o Santa Rita, contratado para pintar desenhos da propaganda veiculada na imprensa. Com o sucesso no rádio, a publicidade investiu nos outdoors. Os cartazes vinham escritos em português dos Estados Unidos, às vezes com traduções ao pé-da-letra, às vezes sem os sinais gráficos, til e cedilha. Devido à má-qualidade da cola, eles descolavam o tempo todo, o que acabou obrigando a fábrica a criar uma empresa especializada no material adesivo.

Nesta época, início da década de 1950, foi criado o slogan "Isto faz um bem" tema da Coca-Cola por 14 anos -, destacando o sabor refrescante do refrigerante e as transformações políticas e culturais do país. Na virada para os anos 1960, a companhia lançava o produto na garrafa média. Coca-Cola já era sucesso. Fazia parte do dia-a-dia de toda uma geração, que embalava suas festinhas ao som de Elvis Presley, Little Richard, regadas à Coca-Cola e Cuba Libre, combinação que caiu no gosto popular, misturando o rum com a Coca-Cola.

Mas Coca-Cola não era um produto apenas dos jovens e sim, de toda a família, principalmente depois da empresa implantar o sistema de vendas a domicílio, inicialmente em São Paulo, em 1959. Era a Coca-Cola Família (760 ml) que chegava. Com os vasilhames em casa, ficava mais fácil ter sempre à mesa uma Coca-Cola, novidade que conquistou em definitivo as donas de casa.

Coca-Cola também não era um produto associado apenas à cultura da geração Cuba-Libre, do rock'n roll. Na medida em que conquistava maior número de consumidores, Coca-Cola aderia a outros importantes movimentos culturais do país. Não poderia ficar de fora, por exemplo, do Carnaval mesmo numa época em que a festa não possuía o glamour e a proporção dos dias de hoje.

De 1957 a 1962, a Coca-Cola promoveu, em parceria com o jornal Última Hora, o concurso Tamborim de Ouro. A cada ano era premiada a escola de samba que apresentasse o melhor desfile e o melhor samba enredo, tendo Coca-Cola como tema. Quem conquistasse o título por três anos consecutivos levava para casa o Tamborim de Ouro - proeza que coube à Portela. A festa, que acontecia na Praça Barão de Drummond, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio, acompanhou a evolução de escolas tradicionais, como a Mangueira e a Portela, e o surgimento de tantas outras que hoje têm presença garantida no Carnaval carioca.

No final da década de 1960, o país já contava com mais de 20 fábricas de Coca-Cola que num esforço extraordinário abasteciam todo o território nacional. Com o avanço tecnológico e o surgimento de fornecedores de matérias-primas, o concentrado, até então importado, passou a ser feito no Brasil, inicialmente no Rio de Janeiro e de 1990 em diante, em Manaus.

Os anos 1970 chegaram com uma grande inovação - as máquinas post-mix, que ofereciam ao consumidor a Coca-Cola "fresquinha", feita na hora, servida em copos. Uma curiosa volta às origens do produto, lançado, no século passado, nesses equipamentos, então denominados de “fountains” (fontes). Com as máquinas de post-mix, que também permitiam grande economia de espaço, a Coca-Cola pode chegar ainda mais perto de seus consumidores - em lanchonetes, cinemas, clubes, shopping centers, estádios esportivos e outros milhares de pontos de venda.

A exaltação à natureza e à paz - símbolo dos anos 1970 - inspiraram uma das mais felizes campanhas publicitárias da Coca-Cola - "Isso é que é". Os comerciais retratavam o espírito da época. Foi o tempo das grandes letras, verdadeiros poemas e das grandes produções de rua. Em 1979, foi a vez do "Dá mais vida" e "Abra um sorriso", associando o produto aos bons momentos da vida.

Se o post-mix permitiu mudança nos hábitos dos consumidores, o que aconteceu nos anos 1980 foi uma verdadeira revolução na história das embalagens de Coca-Cola e no próprio perfil do mercado brasileiro de refrigerantes. Em 1981, a Coca-Cola lançou o refrigerante em lata, o primeiro de uma série de lançamentos pioneiros feitos pela companhia no país, e em 1982, marcou época com o slogan "É isso aí", cuja campanha histórica, em 1986, protagonizada por Tom Jobim, teve como tema musical o sucesso para lá de brasileiro, "Águas de Março".

Em 1988, a Coca-Cola inundou o mercado brasileiro com várias novidades. Primeiro, as embalagens one way (descartáveis). Depois a tampa de rosca que permitia guardar os refrigerantes deitados na geladeira. Uma vantagem aparentemente pequena, mas que, na verdade, abriu espaço para o lançamento de outras embalagens com mais capacidade que dificilmente poderiam ser acondicionadas em pé nos refrigeradores.

Já embalada por um novo slogan, "Emoção Pra Valer", a Coca-Cola não parou de surpreender os consumidores. Na virada para 1990, colocou no mercado a Big Coke (dois litros) e a embalagem 1,25 litros. Seis meses depois lançava a lata de alumínio, 100% reciclável, para toda a sua linha de produtos.
Mas a determinação de atender sempre melhor os consumidores avançou ainda mais. Pouco tempo depois chegava ao mercado a maior revolução em termos de embalagem dos últimos 50 anos: a Superfamília, garrafa plástica retornável de 1,5 litros que além de prática, atende às exigências da legislação internacional de proteção ambiental, outra preocupação que marca os passos da empresa. Tanto que a Coca-Cola é co-fundadora do Cempre (Compromisso Empresarial de Reciclagem), patrocina projetos de educação ambiental em escolas, além de eventos e pesquisas relacionados ao tema.

Em 1992, a Coca-Cola foi novamente pioneira ao lançar, no Brasil as Coke Machines ou máquinas de vender refrigerantes em lata no sistema de fichas, inovação que, ainda no mesmo ano, juntou-se à novidade da campanha "Sempre". Em julho de 1995, as Coke Machines passaram aceitar diretamente notas de R$ 1 - no momento em que o Plano Real pregava a estabilização da moeda brasileira. A embalagem de 2,5 litros, a maior do mercado, também chegou como diferente alternativa para o consumidor em 1999, ano em que foi lançado o slogan "Curta".

Em 2001, a Coca-Cola lançou em grande estilo a campanha com o novo slogan "Gostoso é Viver", um sucesso que continua nos dias de hoje. Pregando os bons momentos da vida, a campanha acabou embalando no mesmo ano o relançamento das garrafinhas de vidro “contour” de 237m1, trazendo de volta o antigo prazer de beber uma Coca-Cola gelada na sua mais conhecida e charmosa embalagem. Em 2002, para comemorar a copa, foram lançadas algumas séries de Coca-Cola em latas de 473 ml, com a imagem de Pelé, o Rei do Futebol.

Em paralelo, sempre voltada aos anseios dos consumidores e comprometida com uma permanente renovação, a Coca-Cola iniciou no Brasil, um processo de diversificação, lançando bebidas não-carbonatadas - como água mineral (Bonaqua), chá gelado (Nestea), sucos à base de frutas (Kapo) e o energético (Burn).

Atualmente, quando se fala em Coca-Cola no Brasil, fala-se de um sistema que reúne 39 fábricas operadas por 16 grupos empresariais, com quase 25 mil funcionários e frota de cerca de 10 mil veículos, responsável pelo abastecimento de mais de 1 milhão d
e pontos de venda em todo o país.

Slogans oficiais
1940 – “A pausa que refresca”
1959 – “Isso faz um bem”
1966 – “Tudo vai melhor com Coca-Cola”
1972 – “Coca-Cola dá mais vida”
1977 – “Isso é que é”
1983 – “É isso aí”
1989 – “Emoção pra valer”
1993 – “Sempre Coca-Cola”
2000 – “Curta Coca-Cola”
2001 – “Gostoso é viver”

Texto oficial do Departamento de Comunicação da Coca-Cola no Brasil.

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primeira fábrica no RJ

 


1940 "A Pausa que Refresca"

 


1959 "Isso faz um Bem"

 


1966 "Tudo vai Melhor com"

 


1989 "Emoção Pra Valer"

 


1993 "Sempre Coca-Cola"

 


2001 "Gostoso é Viver"