Crossover Toyota NCSV
Agência New Motor@ge de Notícias
Por Guto Ostergrenn

Foto: divulgação, Toyota Motors Corp.

A onda de mesclar estilos e conceitos de vários segmentos automotivos sobre uma mesma plataforma já não é mais grande novidade. Dos conceitos apresentados por nós desde o início deste ano, a grande maioria demonstrava esta tendenciosa característica. A turma do desenvolvimento de produtos resolveu ousar, e foi fundo na prospecção de novos nichos.

Um dos precursores desta onda mix, foi o Toyota NCSV, apresentado no Salão de Tóquio, em 1999. O carro não é um sedã, não é uma wagon, nem um coupé e muito menos um SUV, embora exiba estilo interessante, com inclinações acentuadas e curvas alongadas contrastando com ângulos agressivos.

Segundo Takeshi Yoshida, engenheiro chefe do projeto, o objetivo do carro é ser incomum. O inusitado que atrai olhares, provoca comentários e que, segundo a Toyota, deverá atingir em cheio os consumidores entre 20 e 30 anos. O estilo do conceito sugere a mudança de vida, de estilo e da forma de encarar o mundo.
 

Acima o interior, que valoriza o estilo metalizado. Abaixo, o aspecto esportivo faz nossos olhos se confundirem, afinal, é um crossover. 

As inclinações acentuadas criam um aspecto veloz para a lateral do carro. Ampliando este sentimento estético, surgem rodas 17 pol. vestidas com pneus de perfil baixo (215/45 17). A classificação dos sapatos foi propositalmente omitida, já que a Toyota ainda não se decidiu pela sua produção. Porém, o mais recente lançamento da divisão Lexus (top da Toyota), o IS300, ganhou a versão SportCross, que segue esta linha. Ele não é sedã, não é wagon e nem coupé, mas possui apelo estético e mantém o bom comportamento dinâmico do irmão sedã.

Internamente, um novo tipo de material (não divulgado pela Toyota) foi largamente aplicado. O tom cinza prateado dá volume e valoriza as formas do painel de instrumentos. Criando a sensação de cockpit para o habitáculo, as linhas do painel se alongam pelas portas. Da posição do motorista, com todos os comandos à mão, as possibilidades são infinitas e valorizam tanto a velocidade quanto a segurança.

Combinando com o tom metalizado do interior, a forração dos bancos também é “tecno” e recebeu um tecido sintético tendencioso. A vantagem deste tipo de tecido é que ele permite melhor ventilação, evitando a sensação de aquecimento após se estar sentado por um longo período. A indústria química agradece o uso de seus materiais e afirma: “No futuro estes tecidos serão do tipo que não queima e totalmente impermeáveis.” Por enquanto muito caro, é verdade, mas fantásticos sob todos os aspectos.

No centro do painel, valorizando a vida moderna, um monitor de cristal líquido faz as honras do século XXI permitindo conexão direta com a web, diagnóstico dos sistemas monitorados do automóvel e todos aqueles comandos eletrônicos aos quais já estamos ficando habituados.