Suzuki SX – Crossover à moda japonesa

Agência New Motor@ge de Notícias
Por Guto Ostergrenn 
Foto: Divulgação Suzuki U.S. - Conceito Suzuki SX.

O que é mesmo um crossover, hein? Esta é um pergunta que sugere dificuldade para quem tentar respondê-la. Poderíamos dizer, sem muito aprofundamento, que é uma mescla de estilos e habilidades – mais de habilidades na realidade.

Alguns conceitos com este perfil já foram apresentados este ano, principalmente, no Salão de Detroit e Chicago. Porém, o plus que a Suzuki pretende criar com este exemplar crossover (sedan com SUV), aponta para a possibilidade de acomodações SUV com a aptidão para as estradas e ruas da cidade. Um automóvel interessante, porém, com aspectos inusitados.

O conforto gerado pela ergonomia está muito mais ligado a sensação de espaço criado pela grande altura do teto do que propriamente pelo espaço para pernas e ombros dos passageiros. Com dimensões diminutas externamente (4135 mm de comprimento), fica difícil crer na possibilidade de tanto espaço interno para os ocupantes (dito pelo fabricante: “...bom para 5 passageiros.”)... Porém, ninguém discute que, as aparências, embora possam enganar, são fundamentais para um automóvel.

Para mover o interessante crossover SX, a marca adotou um propulsor de 2 litros de deslocamento com 16 válvulas, coroado com um compressor. O conjunto respira através de comandos ágeis, ao estilo motociclismo e exibe bons 220 hp. Embora a Suzuki não tenha divulgado nem a curva de torque nem a de potência, imaginamos que ambas estejam ajustadas ao perfil “pé pesado”, exigindo disposição do motorista para fazer o bicho andar bem.

Outro dado não confirmado pela marca foi a relação de marchas, porém, como o SX é um 4x4, sem redução, é claro, acreditamos num escalonamento mais para curto, do tipo que exige atenção às trocas para não perder o trem.
 

Foto: Suzuki SX -- Acima - painel; abaixo - visão traseira 

O SX veste pneus 225/45 R 17, sapatos de solado super baixo e bem avantajados para um automóvel tão curto destinado a “aventura urbana”.  Escondidos sob o gigantismo das rodas, estão os freios a disco, ventilado na frente e sólido atrás, assessorados por ABS de quatro canais. Isso indica que se o crossover anda bem, deve parar melhor ainda.

O estilo, é algo que neste caso não deve ser questionado. O carro possui linhas interessantes e detalhes estéticos, como: belos faróis e lanternas traseiras, arcos bem delineados para as caixas de roda e uma agressiva e agradável disposição dos exaustores. Embora, nos detalhes não haja grande similaridade, o SX é muito parecido com o Toyota Matrix.

Soluções interessantes são percebidas no painel de instrumentos, com sistemas totalmente digitais. O conta-giros, por exemplo, evidencia a evolução das rotações em linha horizontal através de leds – um estilo nascido nas pistas. A coluna A, posicionada bem adiantada, é outra solução interessante que favorece a melhor visibilidade do motorista e soma-se a sensação de grande espaço interno. Fundamental no projeto.

O acabamento em couro de duas cores e vários detalhes internos apresentam texturas agradáveis ao toque e aproximam o crossover da esportividade... e soma-se a isto a cor amarelo da carroçaria, atualmente uma tendência em designs esportivos.