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Nissan Frontier 2001 Potência desenfreada Agência New Motor @ge de Notícias Por Joseph Roitberg
A classe das picapes compactas está sendo agitada pela chegada da Nissan Frontier 2001. A plataforma continua a mesma mas estão sendo oferecidos quatro novos modelos com um motor V6 supercharged (comprimido), designado SC, levando a linha Frontier a nada menos que 14 configurações diferentes. Disponível com cabine simples, estendida ou 4 portas, a Frontier passou por um reprojeto estético com nova frente, capô, pára-lamas, pára-choques, faróis, lanternas e porta traseira. Todos os modelos têm alargadores de pára-lamas, maiores nos 4x4. A solução de fixação desses alargadores com enormes parafusos externos é meio estranha e não combina com as linhas arredondadas do novo modelo. Em compensação os faróis de superfície complexa chegam a ser quase uma obra de arte... A suspensão se mantém independente na dianteira e com eixo rígido e feixes de molas de duplo estágio na traseira. Os freios traseiros têm ABS e os modelos com motor V6 ou 4 portas têm ABS nas 4 rodas.
O interior também foi modificado com um novo painel de instrumentos e CD changer para 6 discos com controle no volante como opcional. O duplo airbag passa a ser de série. O motor V6 3.3 litros SOHC é o mesmo: com bloco de ferro e cabeçotes de alumínio. Nas versões convencionais oferece 170 cv e na supercharger chega aos 210 cv. Todas as versões podem ter câmbio manual-5 ou auto-4 com controle eletrônico, mas o diferencial auto-blocante traseiro é opcional em alguns modelos e de série em outros.
Fabricado pela Eaton, esse componente mais familiar ao carro do Mad Max e aos dragsters, fica sobre o coletor de admissão do motor e possui dois rotores de três pás (Roots Type). O supercharger é acionado pela correia do motor, conectada ao virabrequim. Quando o motor funciona e gira, o supercharger chupa o ar que vem do filtro e empurra-o com mais pressão goela abaixo do sistema de alimentação do motor, como se fosse uma bomba. Isso aumenta a pressão e a densidade do ar nas câmaras de combustão melhorando a queima, conseqüentemente, gerando mais potência e torque.
Ao contrário dos turbos, que geralmente só tem função após 1.800 – 2.000 giros do motor, (retardo conhecido por turbo leg), o supercharger (compressor), quando o acelerador é exigido a fundo, tem acionamento imediato, particularmente, perceptível em baixas rotações. A Nissan aposta nesse antigo sistema para respostas imediatas, sentidas, principalmente, em subidas e com a picape carregada. Quando o pé está todo na lata, você entra em um modo Boost. Neste modo, a exigência de gasolina é tão maior que a bomba de combustível tem um fluxo maior e os bicos injetores foram alargados em 80%. Durante o uso normal, uma válvula desvia o excesso de ar de volta para o supercharger e ele fica recirculando. Nessa condição, a Frontier SC opera como um animal domesticado. Os modelos SC vem com rodas de 17 polegadas e pneus P265/55R17, largos e de perfil baixo, nada tendo a ver com uso off-road. Os modelos são meio confusos, pois o Desert é oferecido apenas em 4x2 e só vai andar nas estradas de terra e no asfalto, nunca nos desertos, a não ser que queira dizer “sobremesa”... Uma rápida olhada nas fichas técnicas, mostra que os modelos com câmbio manual e automático serão completamente diferentes. Me arrisco até a dizer, sem ter andado no carro, que o desempenho (carga) do auto-4 não será lá grande coisa pois o câmbio é longo demais. Vejamos:
- Auto-4...: primeira - 2,785:1 e quarta - 0,694:1 e diferencial 4,636:1 Os câmbios são os mesmos para os modelos 4x2 e 4x4. E os diferenciais também. Nos modelos 4x4 pode-se conseguir um diferencial 4,9:1 opcional. A reduzida é de 2,02:1 A melhor altura livre do solo é do modelo SE, com 264 mm e a pior é a dos modelos SC, que com suas rodas aro 17 conseguem apenas 195 mm. O ângulo de entrada é de 32 graus mas o de saída é pequeno, com apenas 19 graus (4x2) e 21 graus (4x4). Ou seja, onde a frente passa, pode ser que a traseira pegue. |