Avant RS4 - Uma wagon com muito fôlego. Agência New Motor @ge de Notícias Guto Ostergrenn
No princípio da era automotiva o transporte por veículos autopropelidos confundia tanto fabricantes quanto consumidores. Todos se questionavam: afinal, um automóvel deveria transportar somente pessoas, ou deveria funcionar como meio de transporte de pessoas e cargas? A maioria achava que devido ao alto preço de revenda e ao desconhecimento da grande maioria sobre como controlar a máquina, sua finalidade deveria ser a de transportar passageiros. Sempre com o máximo conforto. Alguns anos se passaram e as primeiras wagons surgiram. Os primeiros automóveis com essa explícita finalidade, transportar pessoas e alguma carga surgiu com a necessidade de se viajar levando a família...e as coisas foram evoluindo até chegarmos ao ponto que chegamos. As wagons com pouca eficiência, se comparadas aos SUVs, vem se aprimorando em tornar a estada atrás do volante cada dia mais emocionante. Com olhos no consumidor, que geralmente é jovem mas já tem família, a Audi fez surgir a versão Avant RS2. Esta wagon, considerada muito rápida, reinou por um bom tempo no mercado europeu concorrendo com pesos pesados como as Touring BMW e wagons Mercedes-Benz.
Visando a supremacia no segmento, a Avant está ganhando uma nova versão, que desembarca no mercado europeu no mês que vem, a Avant RS4. Esta nova versão, deverá empurrar a Avant para o topo da pirâmide do desejo de consumo. Entre as diferenças básicas, a versão RS4 disponibiliza a famosa tração Quattro da Audi. O sistema Quattro de tração por sí só já seria uma grande coisa, permitindo ao motorista obter um comportamento, definitivamente, esportivo. Porém, as possibilidades se ampliam com o novo sistema de tração, permitindo a adoção de um trem de força mais encorpado. Desta forma, a engenharia da Audi resolveu preparar a Avant como se ela fosse um esportivo de carteirinha. O motor continua sendo o 2.7 litros V6, porém, o bruto foi preparado em conjunto com a, conceituada e recentemente adquirida pela VW AG, Cosworth Engineering Ltd., responsável pelo desenvolvimento dos motores Ford Cosworth – que reinaram absolutos na F1 durante mais de 20 anos e são recordistas, até hoje, de vitórias na categoria. O curriculum fala alto, e os efeitos da preparação falam ainda mais alto.
O motor V6 2.7 litros, que respira através de um conjunto de cinco válvulas por cilindro e conta com duplo turbo compressor, foi acrescido de 115 cv, passando dos originais 265 cv para os atuais 380 cv, encontrados a 6.500 rpm. Você achou que estão muito lá em cima? Então, desfaça essa idéia de lentidão pois o trabalho de preparação fez barba, cabelo e bigode e os ângulos dos comandos (admissão e exaustão) estão, consideravelmente, rápidos – muito apropriados ao uso pelos “operadores da bolsa eletrônica americana Nasdaq: subindo e descendo com violência”. Desta forma, o produto final ficou assim: velocidade final limitada eletronicamente em 250 km/h; aceleração de zero a 100 km/h em 4,9 segundos e somente 17,7 segundos para chegar aos 200 km/h. Tem alguém aí achando que é pouco? Então, somente mais um dado para confirmar a maravilha mecânica que se transformou este motor: o bicho disponibiliza 45 kgfm de torque, uma verdadeira usina de força, e tudo isso a partir de apenas 2.500 rpm. Quer mais?? |