Foto: Divulgação, Honda U.S. CRV 2001

A Honda, que observa o crescimento das vendas do Civic, um automóvel para o qual só temos elogios, anunciou esta semana a chegada de dois modelos: Accord (sedan médio) e CR-V (mini SUV), versão 2001. Mesmo com um certo atraso, os dois modelos chegam para reforçar a “pegada” da marca nos respectivos segmentos, particularmente, o dos mini SUVs. Neste segmento de automóveis a briga tem se acirrado e a competição está cada vez mais interessante para os consumidores. Encontram-se nele: o Toyota RAV 4, o Suzuki Grand Vitara, o Chevrolet Trakker, o Kia Sportage, o Jeep Wrangler e futuros combatentes como o Ford Escape e o Jeep Liberty.

O CR-V, que chegou ao mercado só no ano passado, agregou novos itens ao pacote básico tornando-se mais interessante sob o aspecto custo/benefício. Afinal, um automóvel cotado a 75 mil reais (CR-V AT – versão topo de linha com transmissão automática), tem que oferecer tudo e mais um pouco.

Entre os itens que foram agregados (série) ao mini SUV, estão: CD player, direção hidráulica com coluna de altura ajustável, ar condicionado, trio elétrico, porta copos, mesa desmontável (interessante) no compartimento de bagagem, limpador e desembaçador traseiro, banco do motorista com regulagem de altura, vidros verdes com filtro UV, relógio digital no painel e rodas de liga leve, todos equipamentos que faziam parte da lista de opcionais no ano passado (2000).

O CR-V compartilha plataforma com o Honda Civic, possui assoalho plano e suspensão independente nas quatro rodas. Sobre a tecnologia embarcada, vale ressaltar: a transmissão automática, com gerenciamento adaptativo (Grade Logic Control – perfeita para aclives e declives longos e curvilíneos), a utilização de blanks soldados a laser (uma tendência na produção de plataformas) e a tração 4x4 Real Time (que oferece a possibilidade do 4x4 sob demanda – sem reduzida), ideal para o dia-a-dia seja sobre o asfalto ou fora dele.

O carro não é exatamente o que poderíamos chamar de um 4x4. O trem de força não oferece a possibilidade de redução, porém, o adequado escalonamento das marchas e o controle adaptativo delas permite uma boa esticadinha na terra e até sobre lama fina.

O motor que o CR-V utiliza é um 4 cilindros 2.0 litros, com 16 válvulas e duplo comando no cabeçote. Com esta configuração ele oferece 147 cv @ 6.300 rpm e 18,5 kgfm de torque a 4.500 rotações, um trem de força razoável para quem carrega 1.460 kg (peso em ordem de marcha).
 

Juntamente com o mini SUV chega o sedan Accord, premiado inúmeras vezes nos Estados Unidos e Europa, inclusive, fazendo parte por mais de dez anos da lista dos 10 automóveis que oferecem maior satisfação ao consumidor (J.D. Power).

O perfil do Accord, assim como a maioria dos automóveis deste segmento é clássico, com estilo comportado e linhas pouco ousadas. Mas, para 2001 a grade do radiador e por conseqüência toda a dianteira foram alterados. A ordem foi ganhar agressividade. O departamento de estilo da Honda pretende que o Accord agrade pela presença marcante e pelos traços mais bem definidos.

Os motores que se responsabilizam por levar o Accord têm a mesma capacidade cúbica (2.254 cc), sendo a versão que equipa o EX-R dotado do conhecido sistema VTEC da Honda que varia os tempos de admissão e exaustão. Com esta configuração, devidamente amarrado pela legislação ambiental, o 4 cilindros produz 150 cv encontrados a 5.700 giros e razoáveis 21,0 kgfm de torque a 4.900 rpm, 11,1% mais potente que a versão que equipa o Accord EX, modelo de entrada.

Bancos em couro, CD player para 6 discos, teto solar elétrico e rodas de liga leve, são características do Accord EX-R, que deve ser encontrado nas revendas por 73,3 mil reais ou, na versão EX, por 68,7 mil reais (ambos sem frete e seguro).