 Ford Forty-Nine – Um clássico revivido com aura de produção.
Agência New Motor@ge de Notícias
Por Guto Ostergrenn
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Divulgação: Ford Motor Co. - Conceito Forty Nine |
Ah! Os anos dourados. Que tempo. Quanto glamour. Um dos momentos mais interessantes e prolíferos para o mundo inteiro. Naquela época, vivia-se a prosperidade do pós guerra. As diferenças haviam sido solucionadas e a indústria automotiva, até então preocupada com material bélico, voltou suas baterias para a produção de automóveis mais modernos e mais bonitos. Foi aí que os pára-lamas passaram a fazer parte das carroçarias, que se tornaram mais aerodinâmicas – um conceito que foi muito aprimorado pela indústria automotiva enquanto ela fabricava aviões, particularmente, os caça Mustang.
Voltando no tempo, observamos a chegada, no final de 1948, do novo modelo Ford 1949. Um show de automóvel sob vários aspectos. O estilo, imbatível, receberia varias honras, a maior delas o cobiçado Prêmio da Academia de Moda de Nova Iorque. Um prêmio, aliás, que seria conferido ao carro novamente, em 1950. O estrondo provocado pelo seu estilo foi tão violento que mesmo antes do carro chegar as concessionárias já haviam mais de 1.3 milhão de encomendas confirmadas. Porém, quem vê cara não vê coração e o carro apresentou, logo nos seis primeiros meses de vida, um problema estrutural na suspensão independente dianteira, obrigando a Ford a um dos maiores recall da sua vida.

J. Mays, Vice Presidente de Design da Ford, resolveu contemplar o estilo premiado do Ford 1949 mergulhando, definitivamente, na era do estilo retrô. O conceito apresentado neste artigo sugere, com alterações próprias dos hot rodders, um automóvel de corpo e alma. Algo comum somente em alguns produtos DaimlerChrysler: Viper, Prowler e PT Cruiser. O pára-brisa rebaixado, a linha de cintura elevada, o recorte do pára-lama traseiro que encobre parcialmente a roda e uma pequena altura do solo, somados tornam o Forty-Nine um dos mais belos e interessantes produtos sugeridos pela indústria, até o momento, este ano.
Os faróis, mesmo seguindo as linhas originais do antigo Ford, são Xenon (HID) e o grupo ótico traseiro exibe lanternas com LEDs, uma tecnologia que permite melhor visibilidade para os outros motoristas à noite, apresenta resposta mais imediata ao acionamento dos freios e, é claro, agregam beleza e tecnologia. Um sucesso sob todos os aspectos entre os visitantes do Salão de Detroit 2001.
Internamente, para não perder o bonde das linhas de época, a forração é bicolor e os instrumentos circulares. Comandos especiais, como o do sistema de climatização, computador de bordo, e o sistema de áudio ficam embutidos no painel. O console central se alonga pelo habitáculo, auxilia na distribuição da ventilação, abriga porta trecos, a alavanca de câmbio e uns poucos comandos elétricos. Os bancos dianteiros possuem estrutura esportiva, com abas laterais mais pronunciadas necessária ao conjunto.
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Bem ao estilo Street Rod, o Forty Nine representa a saudade de um tempo que, infelizmente, não voltará jamais. |
A possibilidade que vemos de produção para este carro, deve-se ao fato de que ele compartilha sua plataforma com o T-Bird e com o Lincoln LS, produto que a Ford passa a comercializar como modelo 2002 – diga-se de passagem, um dos melhores e mais interessantes carros anunciados nos últimos anos.
O motor que empurra o Forty-Nine, é um V8 com quatro comandos (Twin - DOHC) e 32 válvulas, que produz, originalmente, 252 hp. Contudo, J. Mays afirmou em algumas coletivas, que, para acompanhar o estilo agressivo e Hot Rod conferido ao conceito, algumas alterações foram produzidas. Provavelmente, um remapeamento de ignição, novo sistema de exaustão e, quem sabe até, uma suave lixadela no cabeçote para ampliar a taxa de compressão.
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