
Mazda RX-EVOLV – Será este o próximo passo na evolução lógica dos esportivos?
Agência New Motor @ge de Notícias
Por Guto Ostergrenn
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Mazda RX-EVOLV, um conceito que tem o perfil do esportivo do século XXI. |
Então, você é um apaixonado por esportivos e sempre guiou com emoção os carros que teve, desde que recebeu permissão oficial para guiar... mas, o tempo passa, aquele cargo de executivo sedentário é atingido e com família, é muito difícil optar pela compra de um esportivo de duas portas e dois lugares. Pensando nestes “problemas”, a Mazda apresentou, recentemente (NAIAS), uma visão futurista capaz de solucionar esta questão, e devolver a emoção e o prazer de guiar aos entusiastas esportivistas com mais de 35 anos. – Respondam em coro: eu, eu, eu, eu...
O conceito EVOLV é muito diferente daquilo que costumamos chamar de carro esporte mas, é purista, tem muito motor, consegue abrigar até quatro passageiros com bastante conforto e transparece, através do design, o vigor tradicional dos esportivos. Começa a ser difícil não se entusiasmar com ele!
Já que esta é uma visão futurista comprometida apenas com a possibilidade de execução mas, sem determinação de tempo (que pena!!), a tecnologia embarcada foi de máxima importância e funcionalidade. A solução hi-tech que, primeiramente, salta aos olhos é a do acesso ao compartimento interno, facilitado pelo sistema de ancoragem das portas às colunas A (porta dianteira) e “C” (porta traseira), inexistindo a coluna B. A porta dianteira abre-se em dois movimentos, o primeiro a coloca em posição paralela a carroçaria e o segundo, em arco, permite abertura em ângulo de 90 graus. A porta traseira, faz movimento vertical e garante amplo acesso ao compartimento interno. A retirada da coluna B foi proposital e forçada pelo argumento estético, que pretende fazer o EVOLV à imagem de um coupé.
Já no habitáculo percebe-se a atenção especial conferida ao design do painel, instrumentos, bancos – quatro individuais – e sistemas integrados de segurança passiva: cintos de segurança com pré-tensionadores e limitadores de esforço, airbags (frontal, lateral e cortinas) e a completa ausência de cantos vivos. Compondo o ambiente, um tremendo sistema de som, dotado de auto-falantes (10 ao todo) de última geração dispostos de forma a se criar o clima perfeito para uma audição de alto nível.
Externamente, o EVOLV é “estiloso” com capota em formato de dupla bolha (uma coisa meio Batmovel, mas interessante e eficiente sob o ponto de vista aerodinâmico), linhas retas e curvas sólidas distribuídas de forma harmônica e grupo ótico super hi-tech, composto de micro faróis de alta intensidade e lanternas neon.
Outra característica estética é a disposição dos eixos, dispostos nas extremidades do automóvel. Este tipo de disposição contribui para o maior espaço interno e melhor distribuição de peso (no caso do EVOLV 50-50%) graças ao alojamento do motor Wenkel de dois rotores, imediatamente, após o eixo dianteiro.
O trem de força, segue uma tradição Mazda adotando como propulsor um motor rotativo de dois rotores, que, por conta, das janelas de admissão e exaustão serem dispostas lateralmente consegue um volume muito menor e maior eficiência para o sistema de injeção. Estas alterações no projeto fizeram o bravo Wenkel produzir, pela primeira vez, 280 hp a 9.000 rpm. Fantástico!
O trem de força, assim como acontece no RX-7 fica disposto sobre um chassi parcial, totalmente, de fibra de carbono (PPF). A suspensão é independente nas quatro rodas, aliás estas são aro 20 pol. e vestem sapatos de perfil super baixo (run flat), que dispensam a necessidade de estepes e contribuem para mais espaço para bagagem.
Mas, a preocupação dos engenheiros não foi somente a de fazer o bicho queimar o asfalto, a turma foi criteriosa e aplicou no conceito um sistema de freios de fazer inveja a qualquer Porsche. O conjunto é composto por nada menos que: discos duplos perfurados de 19 polegadas nas quatro rodas, com pinças flutuantes, gigantescas, com, pasmem, seis pistões na dianteira e quatro na traseira (quanto grip), além, é claro, de ABS de última geração, distribuidor de força (EBD) – certamente um sistema super dimensionado. Fazendo par com os super freios, vem o sistema de DSC – que controla, utilizando os freios, o comportamento dinâmico do conceito, evitando que este perca aderência. Tornando o comportamento do EVOLV ainda mais amigável vem o sistema ABC (sistema ativo de freios controlado individualmente e ao gosto do freguês) que possibilita recalibrar a pressão sobre os freios ampliando a possibilidade de uma condução mais esportiva.
O câmbio do EVOLV é do tipo F1, comandado por pequenas hastes posicionadas imediatamente atrás do volante de direção e, desta forma, o conceito se completa com 6 marchas, e uma relação relativamente curta. Tem alguém aí com coceira no pé direito?
Torcemos para que este próximo passo seja dado em breve.
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