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Ford Escape SUV 2001 – Uma solução SUV para a cidade ou uma resposta aos concorrentes do segmento?

Agência New Motor @ge de Notícias
Por Guto Ostergrenn

Ford Escape 2001, Ford Motor Co.  - A. Assayag

Nos U.S., as estatísticas apontam para um crescimento vertiginoso no volume de vendas dos mini SUVs. Lá, mercado símbolo do anúncio de TV – “Eu sou você amanhã” – a  participação crescente destes veículos (250 mil em 1995 – 500 mil em 1999) representa uma tendência, e os grandes fabricantes, que ainda não tem o seu representante oficial, providenciam seus lançamentos para o mais breve possível.

Entre os mini SUVs, a maioria produzido por empresas asiáticas e européias, encontram-se alguns veteranos, como o Toyota RAV, Suzuki Grand Vitara, Mitsubishi Io e alguns outros não menos importantes, mas, que somente agora são observados com distinção. No último Salão de Detroit, que aconteceu no início deste mês, ficou claro aos consumidores que, embora as indústrias não acreditem, como antes, na manutenção do crescimento das vendas, ainda assim, apostam suas fichas no crescimento de nichos de mercado, principalmente o dos light trucks, que foi expressivo em novidades.

Uma das grandes novidades porém, não surpresas, foi a pré apresentação do Ford Escape. Um mini SUV quatro portas, monobloco, com suspensão independente nas quatro rodas, atrelado a uma plataforma mais curta que a do Explorer (desenvolvida em conjunto com a Mazda), mas que não nega sua procedência e filiação. Sobre isso inclusive, J. Mays, Vice Presidente de Design da Ford, disse: “É importante que mantenhamos a identificação dos novos produtos com os já consagrados, por isso, mesmo sendo um projeto novo, o veículo apresenta várias similaridades com seus irmãos...”. O que Mays não disse é que além de se manter a identificação, mantém-se principalmente o impulso de compra pela marca, que ainda vende o SUV Explorer, como pãozinho quente. Um argumento e tanto para o consumidor!

O novíssimo Escape deverá começar a ser vendido no próximo verão do Tio Sam (meados de 2000). Justificando a confiabilidade que seu design sugere, a plataforma recebeu como opções para o trem de força: na versão básica XLS, motor 4 cil. 16 válvulas Zetec DOHC (bloco de ferro e cabeçote de alumínio), nosso velho conhecido, desenvolvendo 130 hp a 5.400 rpm e 19,07 kgfm de torque a 4.500 rpm – nesta versão, a transmissão é de cinco velocidades manual. Já a versão XLT, a mais luxuosa, oferece como propulsor o, também nosso conhecido, Duratec V6 3.0 litros (bloco e cabeçote de alumínio) e 24 válvulas DOHC, que disponibiliza saudáveis 200 hp a 5.750 rpm e bons 30,39 kgfm de torque a 4.000 rpm – acompanhada de transmissão automática de cinco velocidades. Em ambas as versões a relação final é curta e configuram a aptidão para encarar terrenos e locais “inóspitos”.

Na versão de entrada XLS a tração sempre será 4x2, enquanto na versão top XLT será 4x4 com a possibilidade de ser ativada automaticamente sob demanda, ou travada em 4x4 por um simples comando disposto no painel de instrumentos.

Segundo o fabricante, o mini SUV chega ao mercado apresentando como principal vantagem o maior espaço interno (o maior do seguimento) e uma série de itens de grande conforto e comodidade, como: abertura do vidro traseiro independente da porta, rebatimento total ou parcial do encosto do banco traseiro (40/60), uma enormidade de porta copos fixos e escamoteáveis (possibilitando um verdadeiro piquenique no habitáculo), ar condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, teto lunar, rádio AM/FM e CD player no painel (opcional com 6 CDs também no painel), tomada de força no compartimento de carga, e estribos laterais para melhor acesso ao compartimento interno.

O mini SUV anda sobre rodas aro 15 ou 16, respectivamente nas versões de base e top, calçando pneus P225/70 R 15 ou P225/70 R 16, ambos com perfil mais apropriado para uso em piso asfáltico e lama fina, significando dizer que o projeto preserva o conforto dos baixos níveis de ruídos, evitando os rumores dos pneus mais agressivos. Os freios, muito importantes neste tipo de veículo, são a disco na dianteira e tambor na traseira com ABS opcional.
 

Ford Escape 2001, Ford Motor Co. - A. Assayag

Visualmente agradável, o Escape tem características de design que facilitam a vida dos motoristas, como por exemplo as pontas dos pára-lamas dianteiros, consideravelmente, mais baixas que o centro facilitando as manobras em locais apertados. Os grandes arcos das caixas de roda também auxiliam a sustentar a aparência robusta e os muitos acessórios permitem levar desde bicicletas, pranchas de surf, esquis entre outros artefatos para o laser outdoor.

É claro que o quesito segurança não foi esquecido. O projeto foi desenvolvido totalmente em ambiente virtual e todas as possibilidades cabíveis foram utilizadas para stressar a segurança que acabou por aplicar zonas de absorção de impactos, com deformação progressiva, reforços estruturais, cintos com pré-tensionadores mais ágeis, além dos airbags frontais e, opcionalmente, laterais. 

Na versão com motor V6, a capacidade de reboque cresce bastante, permitindo arrastar até 1.500 kg, suficiente para uma pequena embarcação, ou dois jet skis, ou duas motos, ou etc... Compacto por fora, espaçoso por dentro e com boas opções de trem de força, o mini SUV da Ford tem boas chances no seu seguimento.