Notícias de Janeiro 2001

O DNA da Shell

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(02/jan/2001) A partir da semana que vem, os consumidores do eixo RJ/SP vão encontrar novos banners nos postos Shell. Eles vão atestar que o combustível daquele posto é realmente Shell, sem adulteração.

Há 2 anos a Shell vem testando este sistema e toda a gasolina desde dezembro já pode ser testada. Inicialmente há uma frota de 11 veículos com equipamentos de teste que passarão duas vezes pro mês em 600 postos do RJ e SP. Em abril, outras cidades, de acordo com sua importância em termos de mercado passarão a fazer parte do sistema.

A Shell pegou um dos 300 componentes químicos que compõe a gasolina e alterou apenas 1 dos elétrons de uma das moléculas desse componente, num reator nuclear nos EUA. Dessa forma, se aumentou o peso dessa molécula, criando um isótopo não radioativo.

Um pequeno aparelho, do tamanho de um telefone celular, detecta a presença e a quantidade desse isótopo numa amostra. Qualquer coisa que se adicione à gasolina, seja água, rafinado, solvente, querosene ou álcool, vai diluir a amostra e a medição do aparelho não indicará mais 100% da presença do isótopo: isso significa gasolina adulterada.

Essa pequena alteração molecular não tem nenhuma influência no combustível como um todo nem em seu preço final. Pudemos ver vários testes, com várias adulterações e o sistema é muito simples e rápido. Há estudos para que cada bomba de combustível tenha um indicador destes e aí, o consumidor poderá ter certeza de que está colocando gasolina 100% Shell. A medida não é afetada por diferenças de temperatura.

No ano passado (2000) a Shell descredenciou 450 postos de combustíveis por adulterarem produtos ou manterem a bandeira Shell, mas estarem comprando produtos de outras marcas. Ainda estão na justiça outras 180 ações de descredenciamento. A Shell é a única empresa que está fazendo isso, para que o consumidor tenha a certeza da qualidade do produto que está comprando. Só no RJ, foram 65 postos descredenciados.

Segundo a empresa, uma medição de produto adulterado pelo novo sistema basta para o descredenciamento do posto. O novo sistema não pode dizer qual é o produto usado na adulteração pois apenas identifica a presença e a quantidade do isótopo marcador. Não poderá ser fraudado pois os falsificadores não poderão encontrar um reator nuclear disponível para a operação, e não poderão saber, qual entre cerca de 1 milhão de combinações marcadoras está sendo usada.

Esse sistema pode ser usado facilmente para marcar outros produtos, principalmente líquidos, como uísque e outras bebidas falsificáveis. Foi criado para o Brasil e está sendo lançado aqui em primeiro lugar. Em seguida, deve ser adotado no Chile, Argentina, Tailândia, Paquistão e em outros países que sofrem com combustíveis adulterados. sua colocação é como a de qualquer outro aditvivo: a quantidade certa é derramada dentro do caminhão de transporte após o abastecimento.


Arrows tem Fórmula 1 de 3 lugares

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(18/jan.2001) A Fórmula 1 poderá ganhar uma nova dimensão com o lançamento, pela Arrows de um carro que pode levar 1 piloto e mais 2 passageiros que poderão sentir o que é andar num foguete destes.

Muito já foi dito, sobre aceleração, forças G e freadas de carros de F1. Agora as pessoas vão poder sentir isso, nas mãos de um piloto especialista. Diferente de biplaces que foram tentados antes, onde o passageiro ficava atrás do piloto, no Arrows AX3, os passageiros poderão ver a pista.

A Arrows poderá começar seu serviço de passageiros em maio e o carro deve chegar a 354 km/h, com motor de 700 cv. Zero a 100 em menos de 5 segundos.

E aí? quer dar uma volta?


Daewoo falida, tem que fazer recall de 4x4

(08/jan/2001) Mesmo estando falida, a Daewoo teve que chamar um recall para os modelos 4x4 Musso e Korando, sucessos de venda na Europa, produzidos entre março de 1999 e maio de 2000, por problemas ainda não divulgados no câmbio automático.


Produção da Mercedes 4x4 vai aumentar

(08/jan/2001) A DaimlerChrysler AG anunciou que vai aumentar em 17%, para 106.800 unidades a produção dos modelos 4x4 da Classe M em 2001.

Até a próxima semana deve ser fechado o acordo entre a DC AG e a Hyundai para a fabricação de 120.000 unidades de picapes médias e ônibus acima de 4 toneladas, por ano, a partir de 2002, na Coréia.

A DC AG comprou 10% das ações da Hyundai em junho do ano passado, por 428 milhões de dólares.


SEAT vai inovando tecnologicamente

(08/jan/2001) A espanhola Gearbox, controlada pela SEAT, já está produzindo a caixa de câmbio MQ 200, com liga de magnésio, que irá equipar produtos mundiais do Grupo Volkswagen que chegam ao mercado dentro de um ano.

A caixa de câmbio com liga de magnésio incorpora a tecnologia SEAT e pesa 2,5 quilos a menos do que similares de liga de alumínio que equipam atualmente carros como o Cordoba e o Ibiza.


Lada confirma de novo a nova fábrica

(08/jan/2001) A LMotors do Brasil, detentora da marca Lada, confirmou pela terceira ou quarta vez que irá construir uma fábrica no Brasil. Dessa vez, a informação oficial fala sobre um protocolo de intenções firmado com o governo do Espírito Santo.

Numa primeira fase, a LMotors disse que vai importar o Niva, a picape e o furgão (provavelmente com entre-eixos longo). Não nos definiram se os jipes serão importados prontos ou em CKD.

A LMotors está apontando para uma substituição gradual de componentes até chegar aos 85% de peças nacionais.

Numa segunda fase, serão importados ou fabricados no Brasil (não há uma informação precisa), os modelos a diesel com motor Opel (GM) e o SUV modelo 2123. Na Europa os modelos Niva a Diesel usam nosso conhecido motor Peugeot XUD9.

A construção da fábrica já está em andamento e como os veículos serão importados, não há mesmo muito o que fazer num primeiro momento. Espera-se que as vendas comecem em maio ou junho, num total de 16.000 unidades nos primeiros 12 meses, o que nos parece muito, já que durante todo o período de vendas do Niva no Brasil, foram trazidas cerca de 9.000 unidades apenas.

O preço para o Niva básico com motor 1.7i estará em torno de 15 a 17 mil Reais e a implantação da marca criará serca de 1.600 empregos diretos e indiretos no Espírito Santo.

Como essa fábrica já foi anunciada oficilamente para SP (na antiga CBT), para Brasília e agora para o ES, além do Niva ter sido prometido para venda e normalização de importações em 96, 97, 98, 99 e 2000, vamos ficar com o pé atrás e esperar novas notícias torcedo para que dessa vez consigam engatar o diferencial central e ir em frente.


Nem o Hummer escapa dos problemas

(14/jan/2001) O Exército Americano abriu uma investigação sobre a falha dos cintos de segurança dos modelos Humvee militares. Dois soldados da Guarda Nacional da Virgínia, sofreram fraturas múltiplas, numa colisão.

Os soldados chegaram a atingir o pára-brisa e, segundo seu comandante os ferimentos poderiam ter sido muito piores se eles não estivessem usando seus capacetes de combate de kevlar.

O fabricante, AM General está testando os cintos e afirma que é o primeiro caso desde a entrada em uso do veículo em 1985. Uma inspeção nos 30 Humvees de Fort Picket, onde ocorreu o acidente, revelou que em pelo menos 1 deles o cinto estava esgarçado. Um alerta de inspeção imediata foi dado para todas as bases americanas, onde estão cerca de 113.000 veículos.

Você é uma daquelas pessoas que usam aqueles terríveis clips plásticos, vendidos em camelôs, para prender o cinto, deixando-o mais confortável? Certamente seu cinto está esgarçado e você pode se dar mal numa colisão.


Dirigindo plugado

(14/jan/2001) A Ford está investindo 10 milhões de dólares num laboratório para analisar os perigos de dirigir falando no celular, usando hand-helds e computadores de painel.

O simulador Vistrex vai rastrear o movimento dos olhos do motorista quando estiver usando os aparelhos. O objetivo é conseguir medir o grau de distração na operação dos equipamentos.

Em alguns países, como no Brasil, é proibido o uso do celular com o veículo em movimento. Em outros, pode ser usado apenas com um sistema viva-voz.

Mas a Ford espera que com a introdução da parafernália digital que vem por aí, o grau de distração vai aumentar.

Segundo a NTHSA, 10% dos acidentes fatais nos EUA em 2000 foram causados por distração, um número dezenas de vezes maior que o atribuído aos pneus Firestone.

É bom lembrar que nos EUA é muito comum que as pessoas comam, tomem café até mesmo apliquem maquiagem com os carros em movimento. Aqui no Brasil isso é proibido pelo CBT.


VW vai usar molas de titânio

(14/jan/2001) O VW Lupo FSI 2001, será o primeiro carro a utilizar molas de titânio, desenvolvidas pela Titanium Metals Corp (TIMET). O ferramental para produzir as novas molas é o mesmo, das convencionais de aço.

A VW espera vender 3.500 Lupos FSI neste ano, um carro que faz 20,4 km/l. Estas molas contribuem para a redução de peso de 90 kg conseguida para o modelo deste ano.

As molas de titânio têm mesma resistência do aço, com metade do seu peso, mas são duas vezes mais flexíveis. Com isso, se pode desenhar molas 40% mais curtas e 70% mais leves que as atuais de aço.


Super carro roubado antes do Salão

(14/jan/2001) Enquanto estava sendo descarregado para o Salão de Birminghan, na Inglaterra um supre carro da Mitsubishi foi roubado na rua!

Era um Galant VR4 de alta performance que chega aos 240 km/h e vale uns U$ 34 mil. O carro foi levado da porta dos fundos do Salão, enquanto os empregados da transportadora levavam outros veículos para dentro


Scania apresenta novo motor a diesel

(17/jan/2001) Foi apresentado o motor de 6 cilindros e 12 litros, com 470 cv dentro das normas de poluição EURO 3. O novo motor á para caminhões com cargas entre 40 e 60 toneladas.

O mercado europeu para motores acima de 450 cv é de umas 20.000 unidades/ano, contra 100.000 unidades/ano para os motores em torno dos 390 cv.

Este novo motor de 470 cv tem injeção de alta pressão Scania HPI, desenvolvida em conjunto com a Cummins. E tem dois turbo compressores: um, funciona de forma habitual, mas o outro, extrai energia residual dos gases de escape e ajuda a girar o comando de válvulas.


Recall do Mercedes Classe E

(17/jan/2001) 16.255 unidades do Classe E produzidos em 1997 estão sendo chamados devido a problemas com os airbags laterais que podem disparar a qualquer momento.

Nenhum ferimento sério ou acidente, foi atribuído a esse problema. Os carros forma fabricados entre novembro de 1996 e fevereiro de 1997. A maioria está nos EUA. A troca dos airbags leva cerca de duas horas.


Novos sistemas de navegação

(17/jan/2001) Enquanto não temos nenhum sistema de navegação no Brasil e sequer temos mapas corretos impressos de nossas cidades, muito menos digitais, a Visteon Corporation está lançando sua próxima geração de sistemas de navegação para automóveis.

O NavMate estará disponível a partir de abril. Seus melhoramentos incluem:
1. tela grande de 3.2" por 3.5"
2. tempo estimado de chegada ao local de destino
3. opção de rota mais rápida ou rota mais curta para o objetivo
4. habilidade de escolher rotas por estradas sem pedágio
5. qualidade de imagem muito aprimorada
6. botões iluminados para uso noturno
7. novo sistema de montagem mais flexível para os painéis de instrumentos

O mercado de aparelhos de navegação para carros subiu de U$ 70 milhões em 1999 para estimados U$ 190 milhões em 2004.

O NavMate usa um mapa digital em CD rom, com avisos visuais e de voz para cada curva do percurso. Cobre todo o território dos Estados Unidos.

O usuário apenas informa para onde quer ir e o NavMate traça a rota e vai dando as indicações. O sistema se comunica com um GPS durante todo o tempo. Também pode informar sobre postos de gasolina, restaurantes, hotéis, bancos, caixas automáticos etc.


Ford deve comprar Daewoo

(18/jan/2001) Num pré leilão, a Ford ofereceu U$ 6.9 bilhões pela falida Daewoo coreana. A oferta superou a da GM-Fiat (entre 4 e 5 bilhões) e a da DaimlerChrysler (cerca de 6 bilhões).

A Ford tinha 10% da Kia, até ela ser vendida para a Hyundai em 1998. Atualmente a Ford tem 33,4% da Mazda. Atualmente a Kia tem 65% do mercado interno enquanto a Hyundai tem 32%.

Não parece mas o mercado da Coréia do Sul é muito importante. Em 2000, apenas 2.041 veículos importados foram comercializados no país, enquanto as exportações de veículos feitos na Coréia atingiu a casa dos 1.650.000 de unidades. Isso é que é exemplo de balança comercial favorável.


Prêmios de desenho de Detroit 2001
(18/jan/2001) Divulgados os grandes vencedores dos prêmios de design e projeto de 2001

Carro Conceito: Audi Steppeewolf (matéria em nosso site)
Carro de produção compacto: BMW Mini
Carro de produção médio: Mercedes Classe C Wagon
Carro de produção luxo: Lexus SC 430
Carro de produção sport: Porsche Carrera GT
Truck conceito: Volkswagen Microbus
SUV de produção - Isuzu Axiom
Picape de produção: Lincoln Blackwood
MPV de produção: Chrysler Town & Country
Crossover de produção: Ford Think Neighbor


Eletrônica embarcada atrai mulheres

(18/jan/2001) Uma recente pesquisa americana determinou que as mulheres dão mais importância aos modernos sistemas eletrônicos dos carros que os homens. Estima-se que nos próximos anos, mais de 11 milhões de veículos, nos EUA, estarão plugados com algum sistema on line de serviços por telefone, satélite ou rádio.

Os sistemas de navegação high-tec, e centros de diversão com internet, DVD, jogos etc, são mais importantes para as pessoas que trocam de carros todos os anos, que para as outras, que eventualmente conseguem comprar um carro zero km.


BMW Z8 é eleito "Carro do Ano" nos EUA

(21/jan/2001) O roadster BMW Z8 foi nomeado na última semana, durante o Greater Los Angeles International Auto Show, o "Carro do Ano 2001" pela publicação especializada Robb Report. O prêmio é entregue anualmente a carros esportivos e de luxo com preço superior a US$ 40.000, que obtém a melhor avaliação em design, estilo e performance.

O BMW Z8 ficou famoso ao ser utilizado pelo agente secreto James Bond em seu mais recente filme ("007 - O Mundo Não É O Bastante"). A carroceria do BMW Z8 é construída em alumínio, um material mais leve que o aço. O BMW Z8 é o primeiro modelo produzido em série pela BMW a utilizar esta tecnologia.

Graças ao uso do alumínio, sua carroceria oferece maior rigidez – detalhe fundamental para um esportivo conversível - e excelente comportamento e grande segurança em caso de acidente. Para o usuário, além da maior segurança e maior durabilidade para o seu veículo, o uso do alumínio significa um índice menor de vibrações internas – característica tão comum em outros esportivos desse tipo.

O BMW Z8 é equipado com a mesma motorização utilizada em outro puro-sangue da BMW – o M5. Construído em alumínio, este motor de alta performance possui oito cilindros em V, 5.0 litros, 400 cv de potência (a 6.600 rpm), 500 Nm de torque (a 3.800 rpm), 32 válvulas, quatro comandos de válvulas e muitas inovações tecnológicas.

Equipado com câmbio manual de seis marchas Com uma relação de marchas curta, o BMW Z8 oferece desempenho digno dos mais respeitados esportivos do mundo. O carro acelera de 0 a 100 km em 4,7 segundos e atinge nada menos que 250 km/h (limitados eletronicamente) de velocidade máxima.

No Brasil, o modelo foi lançado no final do ano passado, ao preço de R$ 490 mil e já teve duas unidades vendidas.


Nota Oficial da Kia Motors

(21/jan/2001) O presidente Fernando Henrique Cardoso foi se encontrar com os dirigentes do Grupo Hyundai, com o objetivo de discutir a dívida da Asia Motors do Brasil e da Asia Motors Corporation, resultado do não cumprimento dos acordos do regime automotivo, e a questão da provável instalação da fábrica da Kia Motors Corporation na Bahia.

Diante dos freqüentes equívocos em relação a responsabilidade da dívida aproximada de US$ 215 milhões para com o Governo brasileiro, a Kia Motors do Brasil gostaria de esclarecer alguns pontos do episódio:

01. Em 1993, dois grupos empresariais brasileiros iniciaram a representação legal e oficial de importação de veículos automotores da Ásia Motors Corporation e Kia Motors Corporation, montadoras sul-coreanas, respectivamente através da Asia Motors do Brasil, cujo presidente era Washington Armênio Lopes, e da Kia Motors do Brasil, do empresário José Luiz Gandini;

02. A Asia Motors do Brasil importou, até 1998, os veículos Towner, Topic, Combi e o Rocsta. Em 1996, aquela importadora aderiu ao regime automotivo brasileiro, já com a participação acionária de 51% da Ásia Motors Corporation, a partir do qual passou a receber benefícios - fiscais alíquota de importação diferenciada (-50%) independente dos volumes, - e, na contrapartida, comprometeu-se a instalar fábrica no País;

03. O não cumprimento, por parte da Asia Motors do Brasil, dos acordos firmados com o Governo brasileiro, fez daquela importadora e da exportadora Asia Motors Corporation devedoras do compromisso em torno de US$ 215 milhões;

04. Com a crise asiática, em meados de 1997, de outro lado, a Kia Motors Corporation foi estatizada pelo Governo sul-coreana e, um ano depois, no final de 1998, foram iniciadas negociações de sentido de privatizar a montadora, concluídas no início de 1999, quando o Grupo Hyundai acabou encampando a Kia Motors Corporation;

05. Uma das primeiras atitudes do novo controlador acionário - o Grupo Hyundai - foi extinguir a marca e os produtos Asia Motors Corporation, cuja planta industrial localizava-se na cidade de Kwandjiu, na região Sul da Coréia. Com isso, os modelos Topic, Combi e Rocsta foram extintos;enquanto a produção da Towner foi encampada pela Kia Motors Corporation;

06. Com a extinção da produção de veículos Asia Motors Corporation, também o empresário Washington Armênio Lopes teve de interromper as atividades comerciais de importação e distribuição da Asia Motors do Brasil;

07. No entanto, a dívida com o Governo brasileiro permaneceu. E, agora, sob a responsabilidade da Kia Motors Corporation, que acabou herdando os 51% das empresas Asia Motors Corporation no projeto de fábrica em Camaçari, na Bahia, e, por extensão, do Grupo Hyundai;

08. A Kia Motors do Brasil, por sua vez, nunca aderiu ao regime automotivo brasileiro. Desde o início de suas operações, em janeiro de 1993, sempre foi importadora dos veículos Besta, Bongo, Carnival, Clarus, Sephia, Shuma e Sportage. Desfrutou-se como qualquer outra importadora, de agosto de 1996 a dezembro de 1999, do sistema de cotas tarifárias, apenas, sem - portanto - ter a obrigatoriedade de instalar fábrica. E mais: não possui quaisquer pendências jurídico-financeiras para com o Governo brasileiro;

09. Vale dizer, portanto, que a dívida nada tem a ver com a Kia Motors do Brasil, uma empresa genuinamente brasileira e independente, em ordem com o Fisco nacional; 10. Fundamenta-se ainda que qualquer menção do nome Kia Motors do Brasil no episódio leva o leitor e o consumidor a interpretações equivocadas, já facilitadas pela similaridade dos nomes e logotipos Asia e Kia.

Cordialmente, José Luiz Gandini, Presidente


Chevrolet SSR vai entrar em produção

(21/jan/2001) Picape do futuro vai ser produzida em 2002

A GM anunciou que a picape conceito SSR (que pode ser vista em uma de nossas resenhas), será fabricada na cidade de Lansing Township.

O investimento na linha de montagem será de U$ 70 milhões para colocar no mercado a picape super sport de duas portas com teto retrátil. A fábrica de Lansing é especializada em veículos de baixa produção e a SSR substituirá, na linha de montagem o Cadillac Eldorado, que terá sua produção suspensa em meados de 2002. A definição do conceito será mantida, com grande motor V8 e tração traseira.


Sensor de pressão dos pneus

(21/jan/2001) A Ford inova em segurança. Desgastada pela imagem dos capotamentos de um pequena parte da imensa frota de Explorers vendidas, a Ford está investindo em um grande pacote de coisinhas interessantes para a segurança dos SUVs.

Uma delas é um sensor, alimentado por pilha de lítio (pilha de relógio) que será colocado dentro do pneu (ou preso na roda - ainda não está claro). Ele enviará sinais para um módulo de controle ligado ao computador do carro que alertará sobre pressão abaixo ou acima do definido pela fábrica.


Cherokee tem vendas aquecidas
(23/jan/2001) Após o anúncio de que o Jeep Cherokee sairia de linha, houve um aumento de procura pelos modelos que levou a Chrysler a cancelar as férias coletivas de duas semanas da fábrica de Toledo.

Kia recomeça trabalhos na fábrica
(23/jan/2001) Após a negociação com o Presidente Fernando Henrique, na Coréia, a Kia volta a investir na fábrica da Bahia que deverá produzir os caminhões Bongo, a van Besta e quem sabe o Sportage.

Novo presidente da Toyota no Brasil
(23/jan/2001) Hiroyuki Okabe assume a direção da empresa no Brasil com planos de investir U$ 300 milhões para ampliar a fabricação dos Corollas de 15.000/ano para 45.000/ano com a criação de 3 mil empregos.


Nissan Frontier 5 estrelas

(23/jan/2001) A Nissan Frontier cabine dupla de 4 portas 2001, recebeu 5 estrelas da NHTSA para testes de colisão lateral. Os novos testes visam medir os ferimentos causadores de risco de vida no motorista e passageiro do banco traseiro nos impactos laterais.

Um dos fatores que permitiu essa vitória está o uso de barras de proteção tubulares nas portas como padrão para todos os modelos da Nissan. Os bancos também são equipados com suportes e travas para assentos para crianças pequenas.

Essa picape pode ser encontrada em modelos 4x2 ou 4x4, com motor V6 de 3.3 litros com ou sem supercharger.


BMW e seu carro a hidrogênio

(23/jan/2001) Pelos próximos 6 meses, 10 carros BMW 750hl estarão circulando por aí movidos a hidrogênio. Algumas perguntas vão começar a ser respondidas. Quando e onde o hidrogênio será produzido? Como ele chegará aos postos de abastecimento? O hidrogênio vai ajudar na redução das emissões de CO2?

Os carros BMW 750 hl já percorreram 100 mil km de testes sem maiores problemas. A tecnologia para produzir hidrogênio de forma limpa parte para o uso de energia solar e os países árabes continuam no perfil de produtores. Pode ser que o Nordeste brasileiro também seja um dos locais adequados para a produção.

O BMW 750 hl, usa um motor bivalente de 5.2 litros V12, vai de 0 a 100 em 9.6 segundos e chega aos 226 km/h. O tanque de hidrogênio leva 140 litros, o que dá uma autonomia de 350 km, o que não é lá grande coisa. O funcionamento a gasolina também é possível e o motor elétrico é de 5kW 42 V.


JPX fecha ou não fecha?
(30/jan/2001) A primeira data para o fechamento da JPX era 28 de dezembo. Depois, passou para 30 de janeiro, mas nesses últimos dias, Eike Batista afirmou que não vai fechar e convocou um reunião em Pouso Alegre com os consecionários. Parece que o JPX ganhou uma sobrevida.


Volkswagen lança nova opção em caminhões pesados

(30/jan/2001) A VW lançou uma nova versão do modelo VW 17.210, equipado, agora, com motor MWM 6.10 TCA - até hoje, os modelos da marca, nesse segmento, eram fabricados com motor Cummins 6BTAA.

Com o lançamento, a marca passa a oferecer quatro opções de motorização de veículos com 17 toneladas de peso bruto total - o maior leque de ofertas no Brasil.

O novo caminhão é ideal para serviços pesados em curtas e médias distâncias e se destaca na agroindústria, construção civil, limpeza pública e transporte rodoviário.

O motor MWM 6.10 TCA Euro II atende à legislação brasileira para limites de emissão de gases e ruídos, tem 206 cv de potência, cabeçotes individuais que facilitam a manutenção do veículo e camisas úmidas removíveis que asseguram menor deformação térmica e melhor controle do consumo de óleo lubrificante.

Além disso, possibilita o intercâmbio de peças entre motores de quatro e seis cilindros, reduzindo os custos de manutenção e de estoque.

Versatilidade

O VW 17.210 transporta carga de até 11 toneladas (útil + carroçaria) na versão 4x2 e de 18 toneladas na versão 6X2 com terceiro eixo - instalado fora da fábrica.

O modelo pode receber carroceria aberta, furgão (alumínio, frigorífico, isotérmicos ou lonado), tanque de combustível, coletor/compactador de lixo e báscula. Para completar as vantagens, oferece suavidade em comandos e engates, conforto para o condutor, peças de maior resistência e qualidade.


Recall dos Melhores do Mundo

(30/jan/2001) A NHTSA - National Highway Trafic Safety Association, divulgou seu relatório do ano 2000 de problemas encontrados nos veículos. Como sempre, gera uma uma onda enorme de recalls, como os que estão aqui:

Audi A4 (VW)
27.900 unidades produzidas entre 1996-97, a capa do alojamento da chave de ignição se quebra e ela pode não retornar a posição adequada com o carro ligado, impedindo o funcionamento de alguns equipamentos elétricos.

BMW X5
Mal entrou no mercado, esse super SUV 4x4 já apresenta problemas. 1.200 unidades do modelo 2001 tem uma porca frouxa no braço de direção esquerdo, que pode levar a perda da porca e folga na direção, desalinhamento e ruído. Se o X5 continuar andando, o braço pode se soltar da caixa de direção, com a perda total do controle.

BMW R1200C
1.636 unidades dessa super moto modelo 2000, carro chefe da linha, tem um problema no banco. A parte do passageiro pode ser levantada para a posição vertical para servir de encosto para o piloto mas se quebrar.

Dodge Stratus e Chrysler Sebring
Em 419 veículos modelos 2001, uma peça de alumínio com defeito não segura a tampa do air-bag se ele for acionado. A tampa solta pode causar ferimentos.

Dodge Ram
480 unidades da grande picape da Chrysler, modelo 2001, cabine dupla tem defeito nas porcas dos braços de controle da suspensão dianteira. A quebra dessas porcas pode levar a rotação do eixo durante frenagens e corte das linhas de tubulação de freios.

473.092 Minivans
Da Chrysler, fabricadas entre julho de 1992 e setembro de 1993. com volantes de 2 ou 4 raios, podem quebrar o cubo do volante fazendo com que ele se solte da barra de direção.

Ford Focus
28.800 unidades do Focus 2000, com controle de velocidade tem um defeito na luva do cabo que não permite que o acelerador volte para a posição inicial no caso de aceleração total, o que pode resultar em acidente.

Ford Mustang
Nada menos que 434.000 unidades do Mustang, fabricadas entre 1994 e 2001 com transmissão manual, tem problema no freio de mão que pode não segurar o veículo se a primeira marcha ou a ré não estiverem engatadas.

Ford Windstar
180.000 unidades dessa minivan muito vendida na Europa, fabricadas em 1999 e 2000 tem um problema com a central eletrônica. Se a chave de ignição ficar na posição "acessórios" por mais de 70 segundos, mesmo após ela ser retirada da ignição, os acessórios elétricos permanecem operacionais.

Buick Park Avenue
Carrão de luxo da GM, mas em 35.302 unidades há um defeito no processador do limpador de pára-brisa que pode impedir o limpador de funcionara na velocidade mais baixa e mais alta, como exigido pela normatização.

35.659 Vans da GM
Nos modelos 2000/2001 Tahoe, Suburban, Yukon e Silverado podem perder parafusos ou plugs do alojamento do estepe. Sem os plugs, pode haver entrada e acúmulo dos gases do escapamento. Os gases podem penetrar no habitáculo, causando dores de cabeça, enjôo, inconsciência e morte.

Honda S2000
9,147 unidades ano 2000 tem problemas com a trava dos cintos de segurança que podem ficar travados, impedindo seu uso.

Isuzu Rodeo 2001 (GM)
3.502 unidades tem defeitos no material da tubulação de retorno de combustível que pode rachar e vazar.

Range Rover 1999
2.957 unidades do Range Rover tem o sistema do acelerador, perto do sistema de injeção aquecido para evitar congelamento em uso em baixas temperaturas. Há uma junta que pode falhar e permitir que o líquido de aquecimento vaze. Se ele entrar em contato com alguma parte quente do motor, pode se incendiar.

Mazda Tribute 2001
O clone do Ford Escape tem um manual onde não veio explicado como colocar os assentos para crianças nem onde apoiar o carro por baixo para levanta-lo.

Mercedes Classe M 2000
16.246 Mercedes M precisam trocar o suporte dos cintos de segurança do passageiro central do banco traseiro que podem arrebentar em colisões.

Mercury Villager 2000
67.200 unidades dessa Van da Ford tem problemas na fixação dos 5 parafusos da caixa de direção que podem se afrouxar. Além de vibração pode haver a quebra completa dos parafusos.

Mitsubishi Pajero/Montero e Sport
210.000 unidades, fabricadas em 1997-99, podem perder a porca que segura a polia do comando de válvulas e a correio pode pular fora.


Chrysler em Espiral

(30/jan/2001) Realmente não dá para entender. Nos últimos meses, concessionários no Brasil ampliaram suas instalações, eventos foram criados para futuros compradores de Jeeps, a presença no Salão do Automóvel em São Paulo e Detroit foi marcante e de repente tudo vira de pernas para o ar.

Após a compra pela DaimlerBenz, o marketing e o relacionamento com a mídia e clientes só vinha melhorando, mas agora temos mais um "carro mico" brasileiro: a picape Dakota.

Desde dezembro todo dia havia notícias: "A Chrysler vai dar férias coletivas na fábrica tal para diminuir seus estoques". No dia seguinte, um desmentido. Anunciaram o fim da produção do Cherokee Sport e 3 dias depois canceleram as férias coletivas da fábrica de Toledo, Ohio, porque houve um aumento de pedidos do Cherokee antes que saia do mercado.

Duas semanas depois, a bigorna: 26.000 demissões. Isso tudo no meio das negociações com a Mitsubishi, que poderia ser incluída no grupo DaimlerChrysler, o que levaria a morte de alguns modelos Chrysler.

A empresa argumenta que via cortar sua produção em 15% nos próximos anos. Com isso, o setor americano de auto-peças vai receber uma pancada também. Seis fábricas americanas, incluindo Detroit e Toledo, vão eliminar um turno de produção. Outras duas terão a velocidade de suas linhas de montagem reduzida.

Mas o respingo chegou aqui embaixo e a montadora de Campo Largo no Paraná, será fechada temporariamente. Uma análise será feita para saber se ele poderá produzir outro modelo no futuro, mas a linha Dakota brasileira terminou. A empresa declarou hoje que a fábrica ainda produzirá os veículos necessários para cumprir os pedidos já feitos.

Mas quem é que vai comprar uma picape cara dessas, sabendo que a fábrica vai fechar? Pior que isso é o fechamento da fábrica das Cherokees na Argentina. Nesse rolo do Mercosul, tínhamos o mercado abastecido. Os importados da Chrysler também gozavam de tarifas especiais porque a empresa possuía fábrica no país. A tendência é que as operações da Chrysler no Brasil caiam de uma maneira impressionante e que os preços aumentem pois os veículos terão que ser importados com tarifas cheias ou dos EUA ou da Europa.